quinta-feira, 21 de junho de 2012


Paulo Bento (foto ASF)
«Não entramos em euforias» - Paulo Bento.

O selecionador nacional não se deixar levar pelo entusiasmo que se levantou em torno de Portugal, agora apontado como um dos mais fortes candidatos ao título Europeu. Garante que níveis emocionais estão no máximo, a humildade mantém-se mas não quer pressas para ganhar.


«Não entramos nessa euforia. Estamos satisfeitos e orgulhosos com o que fizemos e tivemos o nosso momento para festejar de festa. A partir desse momento, começámos a descansar e a prepararmo-nos para o que temos pela frente. Temos um jogo de acesso às meias-finais, nada mais do que isso. Jogamos um jogo de cada vez e tenho a certeza que amanhã jogaremos como temos feito até aqui, com consistência e humildade. No final, se não ganharmos cumprimentaremos o adversário, como cumprimentámos a Alemanha, sabendo que não merecíamos perder», disse Paulo Bento na conferência de Imprensa de antevisão ao jogo de amanhã (19.45 horas) com a República Checa, em Varsóvia, na Polónia.


O selecionador nacional assegurou que a estratégia de Portugal não vai alterar-se pelo facto de este ser um jogo a eliminar. «Há algo que muda sempre a estratégia, que é o golo. O que temos feito é, mesmo nos momentos adversos, não alterar a nossa estratégia nem mudar de identidade - mantemos a cabeça no lugar e o foco no que trabalhámos. Amanhã veremos o que o adversário vai fazer e vamos tentar contrariar os pontos fortes e explorar os pontos fracos da República Checa», sustentou, vincando que essa mesma estratégia não mudará independentemente de Rosicky jogar ou não pelos checos.


Sobre o facto de Portugal ter menos um dia de descanso: «Não acredito que, por essa diferença, seja significativo. Uma equipa que jogou daquela forma frente à Alemanha, à Dinamarca e à Holanda, é porque, emocionalmente, os níveis estão no máximo. Mantendo os níveis de humildade, a motivação ajudará a superar algum cansaço. Seremos dinâmicos, agressivos mas sem jogar à pressa, porque isso não faz sentido.»


Paulo Bento foi ainda confrontado com as declarações de Rosicky, que disse que Cristiano Ronaldo não ajuda Portugal a defender: «Tentamos defender e atacar com o máximo possível de jogadores, depois, cada um tem as suas funções, uns estão mais talhados para uma coisa, outros para outra. Temos de conjugar tudo isto e tentar esconder da melhor maneira os nossos defeitos, que os temos, e potenciar as nossas virtudes, que também temos e são muitas.»

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