"Eu não digo [que falte um título] a uma geração. Acho que falta a Portugal. Portugal sempre teve talento de sobra para ganhar competições. Sabemos que somos poucos, somos um país pequeno, em termos de dimensão, [porque] em qualidade somos muito grandes", disse o guarda-redes, em entrevista à agência Lusa.
Ricardo assume a certeza de que esse título vai aparecer, queira a sorte, uma vez que Portugal tem grandes jogadores e treinadores.
"Tenho essa esperança, tenho essa convicção, mas digo do coração que, mais tarde ou mais cedo, nós temos de ganhar uma grande competição. (...) Algum dia, a pontinha de felicidade há de tocar para nós", referiu. Recuando dez anos, ao Euro2004, assumiu o desgosto pela derrota na final, frente à Grécia.
"Vai haver sempre [amargo de boca] recordarmos como foi, o trajeto que foi e a derrota. Porque perdermos uma final em casa. É duro. Ultrapassa-se porque nós temos de, no dia seguinte, estar já preparados para outra, mas não é fácil", frisou. Sobre o percurso de Portugal na prova, Ricardo lembrou que a derrota inaugural, também com os gregos, elevou o espírito de equipa:
"Ainda veio puxar mais por nós e uniu de uma maneira os portugueses. Foi fantástico..." O guarda-redes assegura que a equipa entrou sempre em campo, em todos os jogos, como se estivesse a jogar uma final. "Nós jogámos seis finais. Começámos a perder e não podíamos perder mais nenhum jogo. Tínhamos de ganhar os jogos para seguir em frente na fase de grupos e outros três para ganhar a final. E jogámos só finais", rematou.
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