Paulo Bento saiu do seminário da FIFA de ontem em Florianópolis e da visita na véspera a Campinas mais tranquilo em relação ao que Portugal vai encontrar no Brasil. Planeadas ao detalhe questões como as distâncias a percorrer e as oscilações de clima no país, o selecionador diz que agora se vai focar no essencial: «Vamos desfrutar de uma competição que nos deu muito trabalho a chegar.»
Pressionado pela imprensa brasileira a enumerar os receios no país - insegurança, atrasos nas obras, clima e gigantismo geográfico - Bento quis cortar o assunto pela raiz. «Nada nos preocupa, estamos num país que nos diz muito, sabemos que em Campinas, e não só, nos vamos sentir em casa, por isso basta-nos criar condições para nos prepararmos da melhor maneira possível. Não temos preocupações, só temos ambição e ilusão», continuou o selecionador. Ainda para mais com o público brasileiro, descendentes de portugueses e não só, garantidamente do lado da seleção lusitana. «Não tenho dúvidas que vamos ter aqui o 12.º jogador, que vamos ser apoiados e acarinhados, a julgar pelas manifestações calorosas de apoio que temos tido e da receção pela qual nos devemos sentir gratos.»
Descendo à relva, Bento reforçou que o objetivo da Seleção é passar da primeira fase. «Não é questão de falta de ambição ou não, é questão de ser a única maneira que temos de pensar: temos de passar a primeira fase, cumprido esse primeiro objetivo, então sim, pensamos em chegar o mais longe possível», afirmou na zona mista do auditório do resort de Costão do Santinho.
E quanto a escolhas? Os 23 para o particular com os Camarões estão escolhidos? O que há a dizer sobre a convocatória e as questões que mais agitam os adeptos nacionais? Segundo Bento, nada. «Temos tempo para falar de Camarões, dia 28 falaremos. Importante é estar focado nas condições que vamos encontrar aqui e ter a certeza de que devemos estar gratos a Campinas e ao Brasil pela receção que temos tido.»
Antes de Bento, falou aos jornalistas Fernando Santos. A seguir, apareceu Carlos Queiroz. Os treinadores portugueses estão em alta, diz a imprensa internacional: «Os três técnicos são de gerações diferentes, por isso é mais do que uma geração, é mais do que um momento, há excelentes técnicos portugueses em todo o lado, não apenas, claro, estes três que estarão no Mundial.»
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