quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

RAÚL MEIRELES INDIGNADO


Raúl Meireles indignado

O médio da Selecção Nacional foi castigado com doze jogos por comportamentos que garante não ter tido e quer ver reposta a verdade. O médio da Selecção Nacional, Raúl Meireles, sente-se injustiçado e mostrou-se indignado com as acusações de que foi alvo no relatório do árbitro do jogo que opôs o seu clube, o Fenerbahce, ao Galatasaray para a Liga turca e que resultou num castigo de doze jogos que foi anunciado hoje. 

Em declarações ao fpf.pt explicou que está a ser alvo de injúrias e que vai lutar para que a verdade seja reposta. “Fui acusado e castigado por algo que não fiz. O árbitro escreveu no relatório que lhe cuspi na cara, que, por duas vezes, fiz gestos insinuando que seria homossexual e que o insultei na minha língua. Nada disto corresponde à verdade. Nunca lhe cuspi na cara. Penso que cuspir na cara de alguém é um ato nojento e bem mais grave do que uma agressão física. Nunca o faria. Estão à procura de imagens que provem que lhe cuspi na cara, mas tal será impossível, pois não podem existir imagens de um ato que não pratiquei. Em segundo lugar, acusa-me de ter feito gestos que significariam que ele era gay. Fiz um gesto que para dizer-lhe que estava com medo. Penso tratar-se de um gesto universal. Nunca poderia chamar medroso a alguém que fosse assumidamente homossexual, pois sei bem a coragem que é preciso ter para assumir-se como tal. É preciso ter-se coragem para se assumir como homossexual pois tenho amigos homossexuais. As pessoas que assumem a sua homossexualidade são corajosas e não têm medo, que foi o que significou o meu gesto. Nunca teria um comportamento discriminatório. O fato de ter muitas tatuagens e usar penteados algo diferentes originam muitas vezes comportamentos discriminatórios – nunca poderia ter um comportamento deste género. Acho ridículo ser castigado por actos discriminatórios. Por último, acho estranho que diga que o insultei na minha língua. Penso que o árbitro não sabe português e sempre que me dirigia ele falei em inglês. Quando vi o primeiro cartão amarelo falei ele em inglês e obtive resposta também em inglês. Foi dessa forma que comunicámos.” 

O médio luso admite ser castigado, mas apenas pelo que fez e defendeu que vai lutar para que a verdade seja reposta. “Não posso ser acusado por algo que não fiz. Admito que seja castigado por ter reagido mal à expulsão. Foi um jogo intenso, um dos mais intensos do campeonato turco e fiquei chateado por ter sido expulso. Reagi de forma inadequada. Tenho essa noção e sei que tenho de ser castigado, mas por aquilo que fiz e não por aquilo de que sou acusado. Não admito as acusações de que sou alvo. Sinto que o árbitro só pretendeu denegrir a minha imagem. Não percebo o porquê de ter escrito essas mentiras no relatório. Irei lutar até às últimas instâncias para ver reposta a verdade. Não posso permitir que esta mentira perdure e lutarei para que a verdade seja reposta. O que o árbitro escreveu é grave e afecta a minha imagem não só como futebolista, mas como cidadão. Quero que seja feita justiça e lutarei por ela”, concluiu.

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